quinta-feira, 15 de julho de 2010

Introdução a Educação Digital


Eu e os recursos tecnológicos


1. Meu nome é Rosa Maria de Souza, tenho 42 anos, casada, professora com formação em Pedagogia pelo PROBÁSICA/UFRN, funcionária pública municipal há doze anos e atualmente leciono na Escola Municipal Mário Pinheiro da Silva, zona urbana de Ceará-Mirim, em uma turma de terceiro ano com 28 alunos na faixa etária de 8 a 15 anos.
2. Diante das dificuldades apresentadas no processo de alfabetização, há uma necessidade de adaptar nossas aulas a realidade do aluno tornando-as mais dinâmicas, para isso fazemos uso dos recursos tecnológicos existentes na escola bem como: TV/DVD, Vídeo e equipamento de som, onde os alunos dão sugestões dos temas a serem trabalhados, nós planejamos as aulas, e aplicamos em sala, facilitando assim o ensino aprendizagem, proporcionando uma maior interação entre todos.
3. Em nossa escola, já existe computadores para ser implantado o laboratório de informática, o que irá melhorar cada vez mais, fazendo com que nossos alunos fiquem informatizados de fato, e venham a avançar na área da pesquisa, buscando novas informações e atualizando-se com a sociedade em que vive.
4. Os recursos tecnológicos são ferramentas indispensáveis no mundo hoje, uma vez que facilita nosso trabalho, enriquece nossas aulas e ao mesmo tempo amplia nossos conhecimentos.

Ensino e Educação de qualidade

1. A diferença de ensino e educação é que no primeiro são organizadas atividades didáticas para os alunos compreenderem áreas do conhecimento. No segundo, o foco é integração do ensino e vida. Como o ensino de qualidade envolve muitas variantes, torna-se caro, sendo acessível para poucos. Criando-se instituições de referência, estas poderão demorar décadas para atingir o padrão de excelência. Existe um ensino mais problemático do que é divulgado. Temos no geral, um ensino considerado de baixa qualidade em decorrência da falta de compromisso dos que compõem a escola. Esta é usada para obtenção do lucro fácil com teorias diferentes da prática. O desafio é identificar pessoas que façam sua própria integração sensorial, intelectual, emocional, ética e tecnologia. .http://www.eca.usp.br/prof/moran/qual.htm


A educação que desejamos

1. Para Moran, a escola é um dos espaços privilegiados de elaboração de projetos de conhecimento, de intervenção social e de vida. É um espaço privilegiado de experimentar situações desafiadoras do presente e do futuro, reais e imaginárias, aplicáveis ou limítrofes.
2. São muitas informações, visões, novidades. A sociedade torna-se cada vez mais complexa, pluralista e exige pessoas abertas, criativas, inovadoras, confiáveis.
3. Caminhamos para ter aulas com acesso wireless, que favorecem que a transformação realmente em aulas-pesquisa com facilidade. Onde o acesso possa ser feito de qualquer lugar e a qualquer hora e com equipamentos acessíveis, pois quanto mais conectada a sociedade, mais importante é termos pessoas afetivas, acolhedoras, que saibam mediar as diferenças, facilitar os caminhos, aproximar as pessoas.
4. Educar é um processo complexo que exige neste momento mudanças significativas. Investindo na formação de professores no domínio dos processos de comunicação envolvidos na relação pedagógica e no domínio das tecnologias. Mudar não é tão simples e não depende de um único fator. O que não podemos é cada um jogar a culpa nos outros para justificar a inércia, a defasagem gritante entre as aspirações dos alunos e a forma de preenchê-las.
5. O processo de mudança na educação não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas.
6. Numa sociedade em mudança acelerada, além da competência intelectual, do saber específico, é importante termos muitas pessoas que nos sinalizem com possibilidades concretas de compreensão do mundo, de aprendizagem experimentada de novos caminhos, de testemunhos vivos -embora imperfeitos- das nossas imensas possibilidades de crescimento em todos os campos.
7. O que faz a diferença no avanço dos países é a qualificação das pessoas. Encontraremos na educação novos caminhos de integração do humano e do tecnológico; do racional, sensorial, emocional e do ético; do presencial e do virtual; da escola, do trabalho e da vida em todas as suas dimensões.
Síntese do texto: A educação que desejamos: José Manoel Moran http://www.eca.usp.br/prof/moran/desejamos.htm

Tecnologia na Escola: Criação de redes de conhecimento

1. Segundo Maria Elizabeth Bianconcini,Inserir-se na sociedade da informação não quer dizer apenas ter acesso à tecnologia de informação e comunicação (TIC), mas principalmente saber utilizar essa tecnologia para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver os problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto.
2. Como criar redes de conhecimentos? O que significa aprender quando se trabalha com redes de conhecimentos? Como inserir o uso de redes de conhecimentos na escola? O que cabe ao educador nessa criação?
3. O uso da TIC na criação de rede de conhecimentos traz subjacente a provisoriedade e a transitoriedade do conhecimento, cujos conceitos articulados constituem os nós dessa rede, flexível e sempre aberta a novas conexões, as quais favorecem compreender "problemas globais e fundamentais para neles inserir os conhecimentos parciais e locais" (Morin, 2000, p. 14).
4. Trata-se de uma constante abertura a novas interações, ao desafio de apreender a realidade em sua complexidade, em busca de compreender as múltiplas dimensões das situações que são enfrentadas, estabelecer vínculos (ligações) entre essas dimensões, conectá-las com o que já conhece (nós), representá-las, ampliá-las e transformá-las tendo em vista melhorar a qualidade de vida.
5. O homem apreende a realidade por meio de uma rede de colaboração na qual cada ser ajuda o outro a desenvolver-se, ao mesmo tempo que também se desenvolve. Todos aprendem juntos e em colaboração. "Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo" (Freire, 1993, p. 9).
6. As informações são selecionadas, organizadas e contextualizadas segundo as necessidades e os interesses momentâneos do grupo, permitindo estabelecer múltiplas e mútuas relações e recursões, atribuindo-lhes um novo sentido, que ultrapassa a compreensão individual.
7. Tecer redes de conhecimento na escola significa assumir a ótica da interação e da colaboração entre alunos, professores, funcionários, dirigentes, especialistas e comunidade. Nessa perspectiva, o professor trabalha junto com os alunos e os incentiva a colaborarem entre si, favorecendo assim, as interações entre as pessoas que se envolvem na criação dos nós de suas redes de conhecimento propiciam as trocas individuais e a constituição de grupos que interagem, pesquisam e criam produtos ao mesmo tempo que se desenvolvem.
8. Redefine-se o papel do professor: "mais do que ensinar, trata-se de fazer aprender (...), concentrando-se na criação, na gestão e na regulação das situações de aprendizagem" (Perrenoud, 2000, p. 139),9 cuja mediação propicia a aprendizagem significativa aos grupos e a cada aluno.
9. Criar ambientes de aprendizagem com a presença da TIC significa utilizá-la para a representação, a articulação entre pensamentos, a realização de ações, o desenvolvimento de reflexões que questionam constantemente as ações e as submetem a uma avaliação contínua.
10. A aprendizagem é um processo de construção do aluno – autor de sua aprendizagem –, mas nesse processo o professor, além de criar ambientes que favoreçam a participação, a comunicação, a interação e o confronto de idéias dos alunos, também tem sua autoria.
11. O professor atua como mediador, facilitador, incentivador, desafiador, investigador do conhecimento, da própria prática e da aprendizagem individual e grupal. Os alunos constroem o conhecimento por meio da exploração, da navegação, da comunicação, da troca, da representação, da criação/recriação, organização/ reorganização, ligação/religação, transformação e elaboração/reelaboração.
12. O movimento produzido pelo pensar em redes de conhecimento propicia ultrapassar as paredes da sala de aula e os muros da escola, rompendo com as amarras do estoque de informações contidas nas grades de programação de conteúdo.
13. Para incorporar a TIC na escola, é preciso ousar, vencer desafios, articular saberes, tecer continuamente a rede, criando e desatando novos nós conceituais que se inter-relacionam com a integração de diferentes tecnologias, com a linguagem hipermídia, as teorias educacionais, a aprendizagem do aluno, a prática do educador e a construção da mudança em sua prática, na escola e na sociedade. Essa mudança torna-se possível ao propiciar ao educador o domínio da TIC e o uso desta para inserir-se no contexto e no mundo, representar, interagir, refletir, compreender e atuar na melhoria de processos e produções, transformando-se e transformando-os. http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/livros.asp


AS TRANSFORMAÇÕES PROVOCADAS PELA TECNOLOGIA
NA VIDA COTIDIANA E NA ESCOLA

1. Hoje acordei meio indisposta, sem disposição para sair de casa ou enfrentar filas, mas sabia que tinha compromissos a cumprir e agora? Olhei para o computador apertei algumas teclas, acessei a internet e em pouco tempo, resolvi todos os meus problemas.
2. O exemplo acima nos mostra o quanto somos dependentes das tecnologias, pois vivemos na era da globalização onde os avanços tecnológicos conquistados ao longo da história da humanidade tornaram possíveis romper com o tradicional.
3. São recursos tradicionais que há algumas décadas passadas não passavam apenas de aberrações para nossos antepassados, porém hoje estamos convivendo e tentando nos incluir neste processo tecnológico, que surgiu para facilitar e auxiliar-nos, abrindo novos horizontes.
4. Na escola não é diferente, por ser um espaço coletivo de interação e transformação necessita de uma ampla utilização de novas ferramentas tecnológicas para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras, e ao dispor de um laboratório de informática com internet, o educador e alunos ficam mais motivados para aprender, pois é uma riquíssima fonte de pesquisa e ajuda os professores em sua prática pedagógica.
5. Mas não basta ter acesso a tantas informações, só isso não garante a qualidade da aprendizagem, há necessidade de uma conexão entre os eixos educacionais, para que o conhecimento não se torne fragmentado e improdutivo. Para isso, o professor precisa ser capacitado para saber utilizar tais recursos, e tirar deles o melhor proveito, planejando aulas criativas, dinâmicas, com perspectivas de enriquecer os conhecimentos dos alunos garantindo dessa forma que esse recurso contribua para a melhoria da qualidade necessária a aprendizagem.

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